quinta-feira, 23 de julho de 2009
Acho que ela existe!
Sábado muito animado com as possíveis emoções de vê-la. O filme pouco me importa e deixei ela escolher o que quisesse, quero mesmo é estar com ela e quem sabe roubar um beijo dela – como estou corajoso. Já era 14h e tinha que ir logo pro encontro, não quero chegar atrasado, afinal de contas é nosso primeiro encontro. Nem tudo sai como o planejado e ter que esperar meu pai chegar em casa pra me dar dinheiro realmente não estava no plano. Consegui finalmente chegar com mais de 30 minutos de atraso, já estava ficando com vergonha de chegar e ter que encarar esse atraso. Quando vi Tatiana ela não parecia muito contente com meu atraso e já fui me explicando:
- Oi Tati, desculpe o atraso... é que tive que esperar meu pai chegar em casa.
- Humm... dessa vez eu vou deixar passar – e deu uma risada.
Eu já corado e com um pouco de vergonha:
- Que bom! Então? Vamos lá comprar nossas entradas?
- Sim, vamos logo ou perdemos essa sessão.
A sessão que ela queria assistir já tinha começado há uns 15 minutos e assim mesmo entramos – quem se importa com os trailers? Por conta do atraso acabamos sentando em um lugar ruim, bem perto da tela. Felizmente conseguimos ver o filme sem muitos problemas que por sinal é muito bom, mas não conseguia chegar perto dela – que vergonha! Saímos do cinema e ficamos conversando, tentando nos conhecer melhor e eu admirado com o que ela dizia. “Será que encontrei a mulher certa pra mim?”
Muito cedo pra dizer, mas assim mesmo já imaginava nosso futuro juntos, seremos felizes. Quando a conversa estava ficando boa, o celular dela toca.
- Amaro, tenho que ir. Minha mãe está passando pra me pegar.
- Poxa, logo agora? Que pena!
- Também gostei, mas tenho que aproveitar que ela está disposta a me pegar.
- Tudo bem. Te acompanho até lá fora.
Levantamos e fomos juntos até a saída, eu já bem desanimado com a interrupção da conversa e nem quis mais falar. Me despedi dela e até ganhei um beijo, no rosto! “Que droga! Não era esse o beijo que eu queria!” Depois que ela foi embora dei mais uma volta pelo shopping e fui pra casa.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Uma nova esperança
- O Mário, cadê o Yuri? Ele não disse que vinha?
- Nem Amaro, a mãe dele não deixou ele vir pra cá hoje, parece que tinha uma festa de família.
- O Yuri sempre faz dessas, melhor nem chamar mais.
O Diógenes nunca se deu bem com o Yuri, ainda mais depois que ele roubou a namorada dele.
Quando estávamos começando a começar a jogar, toca a campainha e aparece uma guria. Pensei logo que fosse a namorada do Mário e nem dei importância. Ela entrou e sentou conosco e começou a jogar. Pensei: “Nossa, que guri de sorte, a namorada dele joga videogame!”
A tarde foi passando e muitas fases, muitos jogos também e logo tinha que ir pra casa e me preparar pra voltar à normalidade e rotina – mais uma semana de acordar cedo. Fui pegar meu ônibus e enquanto esperava fiquei pensando: a Tatiana não deveria ser namorada do Mário, ele nem encostava muito nela, deveriam ser amigos, vou ver isso em casa.
Muito tempo depois – esperar ônibus no domingo a noite é um saco – cheguei em casa e fui fazer minhas pesquisas sobre a Tatiana. E ela não parecia ter namorado mesmo, e realmente é bem gatinha – aproveitei pra deixar um recado, vai que retorna.
A semana foi passando e a resposta não chegava e aos poucos fui esquecendo, levando a vida como antes, mas sempre esperando o domingo para encontrar a turma e testar novos jogos. Na escola sempre na mesma e em casa minha mãe sempre cobrando os estudos, ainda mais em semana de provas.
O domingo chegou e mais uma vez fiz a jornada até a casa do Mário – uma longa jornada – dessa fez cheguei atrasado e a turma já estava esperando, inclusive Tatiana.
Quando entrei meu coração disparou, fiquei esperando o momento em que ela comentaria o meu recado. Felizmente o dia passou e nenhum comentário saiu, consegui até trocar algumas poucas palavras com ela – meu coração não parava quieto, sempre muito nervoso. No fim do dia fui pra casa feliz por ter conseguido falar com ela. Quando cheguei em casa, encontrei o Mário no MSN e entre alguns comentários sobre os jogos que ele pretendia comprar perguntei um pouco sobre a Tatiana. Fiquei muito feliz em saber que ela não era namorada dele e sim amiga – mas bem que ele queria namorá-la.
sábado, 6 de junho de 2009
Dias tristes
Apesar de toda minha euforia, não pudemos conversar. Ela apareceu e mal trocamos "ois" e já tinha que ir. Passei a noite encomodado por não poder falar com ela e feliz, ela já sabia que eu existia! Mais uma manhã lúgubre pra mim, acordar cedo e sentir frio ao sair da cama, tudo pra ir à escola. Ainda bem que um dia isso tudo vai terminar, não quero mais estudar o que não gosto. Esta manhã passou vagarosa e quase não prestei atenção as aulas, sempre pensando se ela estaria "online" pra podermos conversar quando chegasse
Já tinha passado uns 20 dias desde que nos "conhecemos" e em mais um daqueles dias lúgubres e sem esperança foi que ela surgiu - no meu messenger - disse "oi" e senti uma onda de êxtase percorrer o meu corpo, quase não acreditei. Realmente era ela, começamos a conversar e ocupei minha tarde conversando com ela. Foi muito prazeroso e ansiava que o próximo dia fosse igual. Pra minha surpresa ele se repetiu por algumas vezes, os mais felizes pra mim, pois conversavamos sobre tudo e parecia ter uma grande afinidade. Sempre gostei das gurias mais velhas, já estava na faculdade fazendo pedagogia e participava do grupo como estágio, morava sozinha e é bonita. Passei horas montando as possibilidades que tinhamos e como seriamos felizes juntos. Fiquei tão feliz com essas possibilidades que não demorei muito pra deixar escapar aos meus pais que estava querendo namorar e começou os interrogatórios. Toda aquela movimentação me deixava feliz e vivo, adorei a sensação. Minha mãe muito preocupada - qual mãe não é? - sempre me perguntava:
- Meu filho, onde conheceu a moça?
- Ô mãe, que curiosidade. Eu trago ela pra vocês conhecerem.
- Sabe que a mãe se preocupa, só isso.
- Mãe, já sou grande e sei me virar.
E por isso ficava sempre as conversas com minha mãe. Entre muita conversa com a Joana, um dia, ela me convidou pra sair e irmos para uma festa de rock, na sexta. Nem precisei pensar e concordei, mas lembrei que teria que pedir dinheiro pro pai, que droga! Depois de muito negociar consegui tirar um dinheiro dele, sempre a mesma coisa: por quê não trabalha guri? Não aguentava mais esperar, o dia andava muito moroso, parecia que não chegava a hora da festa. Quando cheguei ao ponto de encontro ela já estava lá me esperando, trocamos algumas palavras e fomos pra festa. A música muito boa, dançamos sem parar e nos beijamos no mesmo ritmo. No fim da festa ela perguntou se eu poderia leva-la em casa e sem pestanejar eu fui, ainda bem que era perto da minha, estava cansado demais pra caminhar muito. Pra minha surpresa ela me convida pra entrar, sem querer sem indelicado aceito. Mais beijos e acabamos dormindo juntos. De manhã estava muito preocupado em como chegar em casa e encarar meus pais, já era 10h. Antes deu tomar o rumo de casa ela disse que adoraria que eu ficasse mais, mas tinha alguns trabalhos da faculdade pra fazer. Quando na saida da casa dela, me dá um beijo e diz:
- Adorei você, depois nos falamos.
Fui feliz pela rua e quando cheguei em casa, nem tive muitos problemas e meu pai quando me viu entrar deu um sorriso de canto e nada disse. Nos encontramos mais algumas vezes: festas, cinema, parques. Pareciamos muito felizes e acreditei que sim. Num sábado fui à casa dela, quando estava quase chegando vi a porta abrindo e pensei: - Ela já sabe que estou chegando, que afinidade! Pena que o sentimento durou tão pouco e pra minha surpresa saia ela com um outro, deu um beijo nele e despediram-se. Meu mundo quebrou, meus sonhos morreram e a vontade de viver se foi. Por quê fez isso comigo? Depois desse dia voltei a vagar pelas ruas, caminhar pela cidade, ver os prédios, ver as pessoas e esperar a vida passar.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Um dia feliz...
Durante as horas que passei ali, inerte, vendo tota aquela animação e ela me contagiando eu vi um rosto diferente dos outros, um rosto que não conseguia tirar os olhos, fiquei fascinado. Não queria mais que a apresentação terminasse, aquele momento teria que durar pra sempre, mas infelizmente isso não seria possivel e ela terminou e prestei muita atenção no final pra ouvir bem o nome das pessoas que se apresentaram ao público no final. Nunca fui muito de gravar informações tão rápido - nomes e telefones se não anoto perco facilmente - mas o nome dela eu gravei e nunca esqueci.
No final eu já tinha um objetivo na vida, tinha que saber quem era a dona daqueles olhos e não
sussegaria enquanto eu não a conhecesse. O tempo passa rápido quando estamos intretidos e quando fui perceber já estava escurecendo, devia ser algo em torno de 18h, e tratei logo de ir pra casa e procurá-la. Vim rápido pelas ruas, que já estavam desertas, não passou muito tempo já estava em casa. Minha mãe muito preocupada por eu ter deixado o celular em casa, queria que eu contasse como tinha sido minha tarde:
- Então guri, o que fizestes?
- Nada de mais mãe, fui dar uma volta. Agora tenho que fazer meu tema pra amanhã.
- Parece que te fez bem hem? Está até querendo fazer os temas.
Corri pro meu quarto e sem muita demora liguei meu humilde computador, e quanto mais ele demorava pra ligar mais parecia demorar. Aqueles dois minutos que anteceram a apresentação do windows 98 pareceram horas de sofrimento e finalmente comecei a fazer minhas pesquisas. Em algumas horas de procura já tinha encontrado o perfil dela - que bom que inventaram o orkut - e sem muita demora mandei um recado despretencioso. Fiquei horas esperando uma resposta e nada aparecia e enquanto esperava tentava resolver alguns problemas de matemática. Escrevia um número e passava alguns minutos olhando pra tela, finalmente algum tempo depois recebi uma mensagem dela. A lição de matemática ficou pra mais tarde, queria muito poder conversar com ela.
Mais uma página
Acompanhem essa trajetória de Amaro pelo mar de emoções e se possivel tentem ajuda-lo.